O preço do Bitcoin (BTC) está flutuando bastante ultimamente. Na manhã de terça-feira, 26 de agosto de 2025, a moeda estava cotada a R$ 597.297,17. Recentemente, o BTC caiu para US$ 109 mil, deixando muitos traders preocupados com o que essa correção pode trazer.
Análise Macroeconômica do Bitcoin
O CEO da Boost Research, André Franco, comentou que os mercados estão um pouco agitados. Isso porque o ex-presidente Donald Trump fez a surpreendente demissão da governadora do Federal Reserve, Lisa Cook. Essa decisão gerou incertezas sobre a independência do Fed, o que preocupa os investidores.
Após a notícia, o dólar teve uma queda em relação ao iene e ao euro. Os rendimentos dos Treasuries de longo prazo também recuaram. O ouro, por sua vez, alcançou seu melhor valor em duas semanas. Por conta desses movimentos, as apostas em um possível corte de juros pelo Fed em setembro aumentaram para cerca de 83% a 84%. Porém, a instabilidade política e a confiança abalada no Fed trazem incertezas que podem limitar o crescimento.
O preço do Bitcoin, que atualmente gira em torno de US$ 110.050, reflete essa situação. Embora a expectativa a curto prazo seja neutra com alguma possibilidade de leve alta, há um clima de cautela. A desvalorização do dólar e a expectativa de cortes de juros podem abrir espaço para um fluxo em direção a ativos de risco, como o BTC. A previsão é que o preço se mantenha em um intervalo entre US$ 109.000 e US$ 113.000, mas a volatilidade deve ser considerada.
Análise Técnica do Bitcoin
O Bitcoin caiu abaixo de US$ 110 mil pela primeira vez em 47 dias. Essa movimentação resultou em cerca de US$ 895 milhões em liquidações nas últimas 24 horas, sendo que mais de 92% dessas liquidações ocorreram em posições long.
Apesar da queda, o interesse corporativo ainda está forte. Empresas como a Strategy, que adicionou 3.081 BTC (aproximadamente US$ 343 milhões) e o Goldman Sachs, que comprou US$ 194 milhões em Bitcoin, continuam apostando na criptomoeda.
O Índice de Força Relativa (RSI) do Bitcoin, atualmente em 43,6, está se aproximando da zona de sobrecarga, sinalizando uma possível oportunidade para compra ao atingir esse ponto. Contudo, há riscos a serem observados, como a possível quebra da média móvel de 200 dias, o que comprometeria a estrutura de mercado.
O que é Bitcoin?
Para quem ainda não conhece, o Bitcoin (BTC) é uma moeda digital que circula e é distribuída online. Não pertence a nenhuma pessoa ou instituição específica, pois opera em uma rede descentralizada. A quantidade de Bitcoin é limitada a 21 milhões. A moeda surgiu em 2009, lançada por um programador, conhecido pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto. A identidade real de Nakamoto permanece um mistério, com várias especulações sobre quem ele poderia ser.
Uma das principais vantagens do Bitcoin é que ele não está sujeito ao controle de governos ou bancos. Assim, nenhuma autoridade pode interferir nas transações ou colocar taxas exorbitantes. Cada transação é registrada em um livro-razão público, chamado Blockchain, que oferece total transparência.
O funcionamento do Bitcoin é bastante prático. Cada transação leva em média 10 minutos para ser validada. Isso porque, uma vez que um bloco de transações é minerado, ele não pode ser alterado sem afetar todos os blocos subsequentes. Essa tecnologia garante que qualquer tentativa de fraude seja rapidamente detectada e corrigida.
Em resumo, o Bitcoin está passando por um momento de incertezas, mas ainda atrai o interesse de grandes investidores.
